quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Cheira a espírito adolescente


Nas últimas semanas tive mais alguns motivos para começar a desconfiar de que a meia idade tá batendo na porta da frente enquanto a juventude foge às pressas pela janela dos fundos... E nem é o fato de mais um aniversário estar se aproximando. Tem a ver com o simples fato de que coisas das quais eu gosto estão envelhecendo também.

O primeiro choque de realidade foi quando vi propaganda da exibição do filme “Seven – Sete Pecados Capitais” no canal de televisão TCM, especializado em séries e filmes antigos. . “Seven no TCM? Mas, eu vi esse filme na época de seu lançamento! Tô velho mesmo...”

Outra coisa que tem me lembrado que a vida passa num piscar de olhos são as celebrações dos 20 anos de lançamento do último grande disco de rock, o “Nevermind” do Nirvana. Vinte anos! Parece que foi ontem que entrei na hoje extinta Discomar e comprei a primeira cópia em vinil do álbum que chegou em Marechal Rondon. “Nirvana, mas que diabos é isso?”, todos perguntavam. Nos meus 14 anos eu não fazia muita ideia também, só tinha a certeza que era um barulho diferente de outras coisas barulhentas que meus amigos e eu costumávamos ouvir na época, como Guns n’ Roses, Megadeth, Iron Maiden e Judas Priest. Um barulho diferente... e melhor.

Vinte anos depois, aí estou eu animado outra vez com o disco “Nevermind”, que será relançado no próximo dia 27 em versões superluxo com tudo e muito mais que qualquer fã podia sonhar. E não se trata só de mais do mesmo, já que os pacotes especiais incluem DVD inédito, versões nunca lançadas e mais algumas músicas inéditas. Pra quem saca a importância desse álbum e do Nirvana para a cultura pop, não preciso dizer mais nada...

Chato que a figura chave de toda essa história não vai participar das comemorações. Ao contrário de mim, que envelheço a cada dia, Kurt Cobain para sempre terá 27 anos, já que decidiu estourar os próprios miolos no dia 5 de abril de 1994, deixando uma filha ainda bebê e uma viúva, a partir de então milionária.

Foi-se o homem, nasceu a lenda. A última desse tal rock and roll. E restou “Nevermind”, esse clássico absoluto que, ao ouvi-lo, ainda faz qualquer sujeito de meia idade cheirar a espírito adolescente...

2 comentários:

  1. Pois, muito certo.
    E eu era a irma pequena do Diogo, que era amigo do Alex (mais carinhosamente conhecido como Cuia lá em casa, pelo meu irmao) e eu também ouvia o que os "guris" ouviam, consequentemente até hoje gosto de Nirvana.
    Eu também percebo, isso porque me lembro que alguém disse para o meu irmao:
    "Agora tem um disquinho chamado de CD, que cabem muitas músicas, tipo mais de 20"
    -Wow, dos dois lados?
    Perguntou ele! Hehehe
    Uma crianca que nasce hoje nao terá a mesma nocao que nós temos. Aqui na Europa quase metade da populacao joven tem um touch - se nao eh celular eh Ipad, Iphone ou qualquer outr ai alguma coisa, ou seja hoje em dia tudo é.. hum: ai.. digital.E eu sou muito feliz em ter vivido nesta época onde pude acompanhar evolucao e ver de perto e viver cada uma destas épocas em uma velocidade muito mais amena do que a atual.
    Um abraco e continue com o Blog! :)

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  2. É isso aí Cris...
    Eu sou da época em que John Travolta era o galã nos tempos da brilhantinha...Em que o vinil preferido era dos Beatles e muito Elvis...rsrs
    Amo aquela época...os melhores shows, festas, bailes, risadas com pipoca e suco ( não existia tererê ainda), muitas pedaladas de bici pelo lago...muito bom... pena que nossos filhos nunca viverão emoções tão intensas como as nossas!!
    Mesmo assim...parabéns!!

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